“Nenhuma empresa é igual. Mas quase nenhuma tem reforçado esse benefício” - Raul Pimenta
Estamos certos de que existem muitas empresas no Brasil; mais precisamente 20 milhões de empreendimentos formais (chegando a números ainda maiores). Quase 70% são pequenas empresas de acordo com dados levantados pelo SITE de inteligência de mercado EMPRESÔMETRO. Mas não viemos aqui levantar dados. Nosso objetivo é conduzir e construir visão estratégica de negócios em tudo que fazemos!
Se temos tantas empresa em nosso país e sabendo que nenhuma é igual a outra, porque pouquíssimas empresas reconhecem e expressam seu próprio valor? Sua cultura? Sua identidade e diversidade? Seus valores?Seus ritos? Essa é uma reflexão que vale a pena ser feita! Com muito cuidado.
Acreditamos que a cultura organizacional é o principal instrumento de formação e transformação de um indivíduo dentro de uma empresa. Cultura é o conjunto de princípios, valores, crenças, conscientes e inconscientes, que permeiam determinado lugar e demonstram o que é certo e o que é errado.
Nas empresas, as culturas são construídas muitas vezes pelos seus fundadores; que transmitem valores pessoais ao âmbito empresarial. Assim, temos expressões claras da personalidade do empresário, dentro dos muros corporativos. Esse reflexo pode ser positivo ou negativo. Depende da qualidade cultural e ética do indivíduo empreendedor.
Dizer que a empresa no qual trabalhamos e/ou fundamos não tem cultura definida é um mega equívoco. Não existe essa possibilidade! Pode ser que a cultura vigente seja fraca e vazia, mas, há algo ali que precisa ser cuidado, tratado, gerado, modificado ou conhecido por todos.
Ao cuidarmos da cultura, cuidamos do passado, do presente e do futuro, criando solidez, verdade, essência, direção, pertencimento, aumentando o engajamento de todos, a produtividade, reduzindo problemas, trazendo senso e consenso, nortes, congruência, inspiração.
Já que toda empresa é diferente e que a cultura organizacional exerce influência importante sobre os colaboradores, por que não damos mais atenção a essa incrível ferramenta do mundo empresarial?
Por que não sabemos como construí-la, fortalece-la, propaga-la.
Algumas atitudes e comportamentos são indispensáveis quando pensamos em culturas de sucesso e são eles: disciplina, coerência e propagação. São os pilares, o tripé, o sustentáculo de uma identidade/cultura forte, que promove excelentes resultados (já que esse é o objetivo principal da ferramenta).
Disciplina em viver, entender, seguir, atualizar e reciclar quando necessário.
Coerência em sintonizar ações e palavras, em comprar, negociar, vender, produzir, prestar serviços, ou seja, tudo que for feito deve ter a compatibilidade necessária.
Propagação, dando atenção aos pequenos detalhes, envolvendo o time, criando momentos de reforço, reconhecendo posturas semelhantes ao idealizado.
Mas, para que o tripé funcione é necessário ter uma cultura de valor. Veja dicas incríveis de como elaborar uma cola social, forte e impactante, aí em seu negócio. Vamos lá!
Conte histórias (Storytelling):
Conte histórias com emoção. Histórias conectam pessoas, engajam, impactam. Demonstre a linha do tempo. Quando começou a empresa, quem eram os atores principais e coadjuvantes, quais seus valores, no que acreditavam, quais eram suas visões, os principais desafios até aqui, como foi superado cada obstáculo. Essa jornada do herói aproxima os colaboradores e fazem sentir-se parte de algo grande, maior do que suas próprias vidas.
Desenvolva e divulgue o tripé filosófico:
Qual é a missão, o propósito, a dor da sociedade que seu produto ou serviço resolve? Pense bem! Propósitos motivam, mobilizam e sustentam as esperanças em momentos de crise. Além de mostrar ao time qual é a razão de ser da empresa.
Ofertando o que se oferta, onde vocês pretendem chegar? Essa é a visão empresarial! A visão só será atingida se os valores estiverem compatíveis à missão da empresa.
Valores são os pilares. O que é inegociável, intransponível, servindo como balizadores e direcionadores.
Mas, missão, visão e valores na parede da empresa não tem poderes. Precisa ser lido, relido, divulgado, propagado internamente, frequentemente. Para firmar a identidade, leva tempo. Sendo assim, quanto mais expressamos e tornamos comum, mais rápido os membros serão impactados.
Construa rituais:
Como é seu jeito de contratar? De desligar/demitir? De motivar o time? De recompensar quando os objetivos são alcançados? Seres humanos precisam de rituais. Eles diminuem nossa necessidade de pensar, preservam nossa energia mental, fortalecem os padrões, asseguram os hábitos corporativos. Outra pergunta importante é: quais as datas comemorativas internas? E quais são as comemorações/eventos criados para essas datas?
Após a construção, viva-os intensamente!
Crie um padrão arquitetônico:
Qual mensagem você quer expressar? A comunicação visual fala muito dessa mensagem, sabia?
Portanto, se a empresa possui um ambiente formal, nada de objetos informais. Se hierarquia é algo importante, deixe claro. Se a instituição valoriza status, planeje ambientes sofisticados, elegantes, com toques gourmets.
A estrutura interna tem responsabilidades e deveres de comunicar o que a empresa programa.
Tenha uma comunicação forte:
Comunicação interna tem um papel indispensável e estratégico e muitas vezes passa despercebida ou é mal gerenciada pela empresa. Primeiramente, tenha um mascote e faça toda comunicação interna com ele. Essa animação, traz uma vertente lúdica e quebra os julgamentos conscientes, acessando zonas inconscientes, com alto poder de influência.
Explore o uso de jornais e rádios internas. Rádios que tocam o jingle, que possuem programas voltados ao aculturamento da mão de obra interna, ao fortalecimento do que está sendo criado ao longo do tempo. Informativos/jornais, são importantes quando contam novidades, quando dão feedbacks dos indicadores e quando fortalecem os programas internos.
Identifique as crenças, tabus e mitos:
Assim, conseguimos eliminar movimentos contracultura, que prejudicam a construção de culturas fortes e impactantes. Crenças que limitam, tabus/paradigmas e mitos negativos são bactérias que vão acabando com a cultura, deixando-a fraca e debilitada. É melhor contar com 05 colaboradores engajados, do que 20 desengajados. Após a identificação, tome ações corretivas. Aproveite as lacunas e faça remendos fortes, usando as debilidades como lições e alavancas do sucesso.
Acreditamos que essas dicas são valiosas se implementadas aí no seu ambiente. Gostou do artigo?
Caso ainda tenha dúvidas no assunto, entre em contato com a gente ou deixe seu comentário abaixo. Estamos sempre dispostos a aconselhar e implementar mudanças na vida das pessoas e das empresas.
Grande abraço caro(a) leitor(a) e amigo(a).
Raul Pimenta / CEO e fundador RPM Consultoria Empresarial, atua também como consultor sistêmico de negócios há 07 anos, transformando a realidade das pessoas e das empresas na região sudeste e sul de Minas Gerais.
Contatos:
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