“A pior solidão é a de si mesmo.” Raul Pimenta
Conectar é a palavra do momento. Você já observou que estamos sempre conectado sem algo?
No aparelho celular, no computador, na televisão, na família, no trabalho, no outro e quase nunca em nós mesmos!
Ligados nas informações, nas notícias, nas tragédias, nas injustiças, nos compromissos, nas metas que traçamos, nos e-mails que endereçamos, a tudo que está do lado de fora, no externo/exterior.
Somos viciados/obcecados em informações, vivemos online, somos turbilhão de pensamentos e emoções. O problema de viver nessa avalanche, é que nunca na história da humanidade nos sentimos tão perdidos, vazios e sozinhos, mesmo com tantas distrações e animações.
Você já sentiu a incômoda sensação de que não tem amigos? Ou de que por mais que tenha contato com muitas pessoas, todos esses contatos são superficiais e incapazes de satisfazer suas necessidades de afeto e de atenção? Que o vazio gerado pelas relações que temos, tem nos levado a relações ainda piores e degradantes? Não é só você que pode estar pensando assim!
Sentimos assim, quando nos afastamos da gente, quando colocamos afazeres intermináveis na frente de desejos e necessidades pessoais, que trazem a sensação de sermos mais autênticos conosco e vivermos o que verdadeiramente ansiamos para nossas vidas.
Com a intenção de não ficar fora da onda, surfamos sem saber os riscos que corremos nesse mar agitado e perigoso, afundando no esquecimento do que somos e queremos. Tomamos um “caldo” da vida!
“Vivemos intensamente o externo e morremos lentamente o interno”. Buscamos incessantemente manter nossos ciclos de “amizade”, nossos compromissos, nossos objetivos,vivo sem nosso radar,preenchendo todo o nosso tempo e espaço com o quenos cerca. Ficar sem fazer nada, quietinho, em paz, com a gente, parece absurdo, melancólico e até depressivo. Estar sozinho não é ruim, estar sozinho é normal.
No silêncio, no aconchego de si, as verdades brotam. Os ajustes de rota se fazem, os insights acontecem naturalmente, a intuição pede licença e dá aulas de como deveríamos ver e viver a vida, na busca de nós, bastamos!
Percebemos que não há conexão maior nesse mundo do que a conexão interna. Esta sintonia fina não pode ser encontrada em nenhum programa, aplicativo, em nenhuma outra pessoa. Pois só você pode/deve saber o que é. Tarefa essa, intransferível.
Que você seja capaz de se desintoxicar do mundo, fazer um “detox” daquilo que não tem agregado e ligar novas frequências, novas sintonias, que de preferência, tenham você como o principal recurso, o início, o meio e o fim. Uma alma só é uma alma que depende de algo para se preencher. Uma alma plena é uma alma que só depende de si.
