Veja como extrair o melhor daquele considerado o “pior”
Liderar é uma arte! Arte que poucos dominam, por ausências como: disciplina, humildade, inteligência emocional e entrega a uma causa/propósito.
O estado da arte dessa filosofia de vida ou decisão pessoal, pode ser entendido e compreendido quando o ser humano exerce alto poder de influência sobre os demais, sendo norte verdadeiro aos seus liderados, inspirando, orientando, dando o melhor de si.
Sem dúvidas, o papel exercido por seres de luz impulsionados e motivados por propósitos é muitas vezes o sal da terra. Sabor, sentido, calma, palavra certa, cuidado, atenção. Mas, se o exercício de liderança é tão substancial, porque temos poucos líderes?
Por vários motivos, e na nossa humilde visão um dos principais é: baixo autoconhecimento.
Nos conhecemos pouco, destinamos menos tempo ainda a essa prática fundamental na construção de nós. E quando aspiramos por papéis de liderança esse caminho interno não pode ser desviado, contornado.
E, como se não bastasse o desafio, há a provação de lidar com pessoas difíceis, o que torna o trabalho ainda mais provocante, com curvas sinuosas e tortuosas.
É nessa hora que muitos potenciais líderes se apavoram e desistem. O número de influenciadores poderia ser maiores e as dores da humanidade, menores.
Com o intuito de levar conteúdo de valor, direcionar e motivar você que está aí do outro do lado da tela, buscando a capacitação e o desenvolvimento, trago agora, pontos decisivos na formação de times sólidos, brandos e unidos. São eles:
1. Desenvolva inteligência emocional
Temos pessoas diferentes, com crenças diferentes, ritmos distintos, habilidades complementares e quando enxergamos a diversidade como enriquecedora, fator de potencialização, crescemos, evoluímos. Desenvolver Inteligência emocional é pré-requisito para sintonizar a visão citada acima. Ter calma, resiliência, paciência e parcimônia dos conflitos, atritos, ruídos e dificuldades. Desenvolva inteligência emocional e neutralize as reclamações e desmotivações.
2. Promova conhecimento
Para liderar pessoas difíceis é indispensável a propagação de conhecimento. Muitos indivíduos usam a acidez como máscara para suas inseguranças. Muitas inseguranças nascem da ignorância, da ausência de orientação e conhecimento. Portanto, ao estimular e proferir ensinamentos, domamos impulsos negativos e corrigimos comportamentos inadequados.
3. Esteja por perto
Líderes ausentes criam lacunas e dão espaço para ervas daninhas alastrarem em suas plantações de gente. Não conseguimos exércitos honrosos à distância. Na aproximação é que vemos o que está errado, atitudes inadequadas, desejos reprimidos, erros encobertos, dores mal curadas. Exercer influência de longe é quase impossível! Pois o cultivo do relacionamento, o estreitamento dos laços, a abertura criada e necessária à boa condução de pessoas, são conquistadas no dia a dia e na troca constante.
4. Evite rotular
O julgamento afasta, segrega, expande a distância entre as pessoas.
As pessoas são muito maiores do que atos isolados. Portanto, separe ações de rótulos. Quando um colaborador/liderado fizer algo digno de reprovação, entenda que ele não é assim em sua totalidade, trata-se de uma atitude do momento. Conheça melhor cada membro do time, seus gostos, atos, dificuldades, deficiências e potenciais e perceba quando algo saiu da normalidade.
5. Coloque limites/regras
O estabelecimento de limites e regras facilita a condução de liderados difíceis, pois deixa de ser algo entre líder x liderado e torna-se algo comum a todos da organização,além de esclarecer padrões de comportamentos adequados e inadequados, que também facilita o trabalho de gestão de pessoas. Com a formalização dos limites evitamos desgastes frequentes e concentramos energias na formação e influência contínua.
6. Tenha poder pessoal
Manter a palavra, cumprir horários e acordos, buscar o autodesenvolvimento, estabelecer acordos ganha/ganha, dar o exemplo, são atitudes que constroem poder pessoal e que trazem créditos a um líder perante seus times. Nada de faça o que eu digo e não faça o que eu faço. Aqui a questão é: faça o que eu faço e diga o que eu digo.
7. Recompense o bom comportamento/desempenho
Um modo eficiente de demonstrar e reforçar o padrão de comportamento sugerido e reconhecido é recompensar o bom comportamento dentro da empresa. Programas de colaborador do mês, ferramentas/softwares de “gamificação”, planos de carreira, reuniões comemorativas quando os objetivos são alcançados, comissões de bom comportamento, enfim...
Quando o time percebe que a atitude é incentivada e que saem ganhando, convergem para a melhoria, amadurecimento e transformação.
8. Dê feedbacks positivos e negativos
Dar retornos é importantíssimo. Muitos colaboradores desmotivados e difíceis, ficaram assim por ausência de feedbacks sobre suas performances. Ao perceber que algo foi desempenhando corretamente, imediatamente o líder precisa reconhecer. O contrário também é verdadeiro. Feedbacks possuem prazos de validade de 24 horas. Ou seja, evite deixar para amanhã o que você pode fazer hoje. Assim, evitamos esquecimentos, temos clareza dos detalhes importantes e informações relevantes. Feedbacks são corretores e/ou estimuladores de conduta.
9. Utilize a comunicação não violenta (CNV)
Comunicação não violenta é aquela onde escolhemos as palavras certas, o tom de voz certo e os gestos precisos na passagem. Visa estabelecer rapport, abertura, conexão, trocas profundas, reforçar os relacionamentos, buscando a todo momento dar forças para aqueles que precisam. Comunicações que desmotivam, tiram as reservas de segurança e autoestima e são suicídios empresariais. Traga pessoas difíceis para seu lado, com sinceridade, transparência, coerência e respeito.
Demonstre sempre que seu objetivo maior concentra-se em contribuir para o desenvolvimento de todos e para construção de uma empresa melhor no presente e no futuro. Acreditamos verdadeiramente que cultivar os pontos aqui passados é imprescindível quando o assunto é liderar pessoas difíceis. Faça acontecer, teste na prática, permita-se realizar algo novo e diferente e perceba os novos resultados.
Entenda, pessoas difíceis são difíceis não por que querem. Pois são influenciadas por fatores do ambiente e hereditários. E na verdade, todos nós somos difíceis em algo, todos temos pontos de melhoria, e assim, exercer a empatia e a misericórdia são detalhes que fazem toda diferença.
Caso ainda tenha dúvidas no assunto, entre em contato com a gente. Estamos sempre dispostos a aconselhar e implementar mudanças na vida das pessoas e das empresas.
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Raul Pimenta / CEO e fundador RPM Consultoria Empresarial, atua também como consultor sistêmico de negócios.